No outono, o sol se despede;
Sala aconchegante e aromas de café.
Ele, pensativo, recosta em seu canto,
Da sua poltrona confortável: seu reino.
O cachorro no colo, fiel companheiro,
Seus olhos não brilham como antes.
O relógio, na parede, marca horas
De tempos vividos e sempre passados
Porta-retratos, lembranças de seus tesouros
Os filhos, já adultos, esboçando sorrisos,
Os netos, vida e esperança renovadas,
Momentos alegres, congelados no tempo sereno.
A música suave, notas da juventude;
Baladas de amores e promessas esquecidas,
Dançando no ar, como folhas caídas.
A alma respira, remete à felicidade,
Saudade vestida de um manto caloroso,
Companheira fiel, em tardes de outono.
Na solidão, uma presença que abraça
Memórias flutuantes, como folhas ao vento;
Sorrisos de outrora, lágrimas de alegria,
O velho coração, pulsando com força.
Cada batida, um eco, um carinho,
Vida que vive, mesmo em silêncio.
O tempo passa, mas não apaga,
As marcas profundas de trilhas escondidas;
Nas histórias contadas, os risos entrelaçados;
Na solidão, florescem as verdades sublimes,
Onde saudade não machuca; é pintura
De quadro de amor tão vasto.
Assim, em sua sala, ele observa
O mundo reduzido a um canto,
A paz surge de um convite.
A vida, um festim de sabores;
A felicidade não cessa nas lembranças,
Caminha despida, bonita, em alegre essência.
Outono nas ruas, mas inverno interno,
Revestindo os dias em cores cinzas
Enquanto a música toca uma melodia.
Ele vê beleza nos anos passados.
Sente a saudade do amor maior,
Da mulher que viveu seus dias.
Na solidão acolhedora uma bela lembrança
Ele e seu cachorro, amigos eternos,
No espaço iluminado, memórias e canções.
A vida como ciclo entrelaçando momentos;
Na sabedoria dos anos, novas companheiras.
Silêncio, Solidão e Saudade misturam-se inteiras
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“Silêncio, Solidão e Saudade”está licenciado sob CC BY-ND 4.0© 2 por C
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